No programa desta segunda-feira
(10), a presidenta comentou sobre o Crescer, o Programa de Microcrédito
Produtivo para quem tem o sonho de abrir uma empresa ou quer melhorar o seu
negócio.
Luciano Seixas: Presidenta, hoje eu queria falar sobre o Crescer, o
Programa de Microcrédito Produtivo para quem tem o sonho de abrir uma empresa
ou quer melhorar o seu negócio. Conta para a gente, presidenta, como o Crescer
está ajudando os empreendedores brasileiros?
Presidenta: Olha, Luciano, o Crescer oferece crédito fácil e barato para
os brasileiros e as brasileiras que querem começar ou expandir o seu pequeno
negócio. O Crescer, Luciano, tem financiamento médio de R$ 1.350,00. Tem gente
que pega um pouco mais, tem gente que pega um pouco menos, mas, em geral, o
Crescer atende gente que precisa de pouco, mas esse pouco significa muita
coisa. Em dois anos e meio, Luciano, o Crescer já emprestou R$ 12,5 bilhões
para apoiar os nossos empreendedores. Esses recursos significam a melhoria, o
crescimento e a sobrevivência de um pequeno negócio. Um apoio, por exemplo, ao
esforço da mãe que abriu o seu pequeno negócio e busca o aumento da renda da
família. Cada um dos empréstimos do Crescer é uma alavanca para os nossos pequenos
empresários e é mais desenvolvimento para o Brasil.
Luciano Seixas: Um grande apoio do governo aos pequenos empreendedores está no
crédito barato e sem burocracia, não é, presidenta?
Presidenta: Exatamente. O crédito do Crescer tem juros de apenas 5% ao ano e é
oferecido para todos os empresários com faturamento de até R$ 120 mil por ano.
O limite de financiamento é de R$ 15 mil, e o empreendedor ainda conta com o
apoio de um agente de crédito, que vai explicar direitinho como funciona o
crescer. Por isso, a gente chama de Microcrédito Produtivo Orientado. Tudo isso
tem incentivado muita gente a realizar o sonho de ter o próprio negócio e, com
ele, conquistar uma vida melhor, com mais liberdade e com mais independência.
Prova disso é que, no ano passado, o crédito do Crescer aumentou 66% e mais
dinheiro foi emprestado para os nossos empresários.
Luciano Seixas: Qual é o nosso maior desafio, presidenta?
Presidenta: Luciano, mais de 80% das operações de crédito do Crescer são feitas
por pessoas físicas e com um prazo médio de seis meses. Assim, a maior parte do
dinheiro é para o curto prazo, ou seja, para o capital de giro do dia a dia. O
nosso maior desafio, então, Luciano, é estimular o uso do crédito do Crescer
para os investimentos, por exemplo, para a compra de máquinas e equipamentos,
que vão melhorar a produtividade e o lucro das micro e das pequenas empresas,
vão ampliar a renda dos pequenos e microempresários. Hoje, Luciano, para
conceder um crédito por um prazo mais longo, os bancos exigem uma garantia,
como, por exemplo, um imóvel, e o empreendedor individual ou o pequeno
empresário muitas vezes não tem essa garantia para dar. Nós sabemos que esse
pequeno empreendedor é bom pagador e pode ser coberto, por exemplo, por um
fundo de aval. Por isso, os bancos públicos que oferecem o crédito do Crescer
estão avaliando mecanismos necessários para estabelecer, seja o aval solidário,
seja o aval tradicional, e facilitar o acesso ao crédito para o investimento.
Sabe, Luciano, nós temos que mudar a cultura de que só se dá prata a quem tem
ouro, só se concede empréstimo a quem tem um bem para dar em garantia. E nós
vamos mudar essa história, pode ter certeza. Já fizemos muito e vamos fazer
muito mais. Mudar o horizonte do micro e do pequeno empresário para que ele
possa crescer sempre. É bom para eles e é bom para o Brasil.
Luciano Seixas: Com certeza, presidenta, e também estimula a formalização dos
pequenos negócios. Como é que está isso?
Presidenta: Olha, Luciano, mais de 3,8 milhões de brasileiros e brasileiras já
formalizaram o seu negócio entrando para o MEI, o nosso programa do
Microempreendedor Individual. Essa marca foi atingida graças às medidas que
tomamos desde o início de meu governo. Aumentamos, por exemplo, o valor do
faturamento das empresas que podem participar do MEI para R$ 60 mil. E, com
essa mudança, mais pessoas puderam participar do MEI. Reduzimos a contribuição
para a Previdência de 11% para 5% do salário mínimo. Aí, Luciano, mais gente se
animou a formalizar o seu negócio, contribuir para a Previdência e, assim, ter
direito à aposentadoria, à licença-maternidade e auxílio-doença.
Luciano Seixas: Que outras vantagens o MEI oferece para quem decidir abrir um
negócio, presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano, o Microempreendedor Individual paga menos imposto e
sem burocracia. O microempreendedor inscrito no MEI paga, em uma única via, se
atuar no comércio ou na indústria, um valor fixo mensal de R$ 37,20. Se atuar
no setor de serviços, paga R$ 42,20. Esse valor cobre todos os tributos e também
a contribuição para o INSS. Além disso, quem está no MEi também pode usar o
crédito do Crescer para impulsionar o seu negócio. Muita gente está
aproveitando essa oportunidade, porque mais de R$ 1 bilhão do Crescer foram
emprestados aos Microempreendedores Individuais em menos de três anos.
Luciano Seixas: Presidenta, a gente sabe que as mulheres brasileiras são
grandes empreendedoras, são verdadeiras guerreiras. Conta para a gente como é
que está a participação delas no Crescer?
Presidenta: Ah, Luciano, elas são a maioria dos clientes do Crescer. O total de
operações do Crescer até agora chega a 9,2 milhões de operações. E aí, para
você ter uma ideia, 5,7 milhões, ou seja, 61% foram feitas pelas mulheres. Isso
mostra que as mulheres estão buscando, com muita determinação, o seu lugar no
mundo do empreendedorismo. Uma dessas mulheres é a Luzinete da Silveira, lá de
Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A Luzinete tem 41 anos, dois filhos e
decidiu ser dona do próprio negócio. Depois de muitos anos vendendo calçados
pelas ruas de Campo Grande, a Luzinete viu, no Crescer, a chance de abrir uma
loja, uma pequena loja. Com o empréstimo de R$ 2 mil na Caixa Econômica, ela
montou a tão sonhada loja. O sucesso foi grande, Luciano, e a Luzinete decidiu
melhorar ainda mais o seu negócio, mudando para um ponto estratégico em uma
movimentada avenida comercial. Ela investiu o segundo empréstimo, no valor de
R$ 3 mil, na compra de estoque, prateleiras e painéis expositores para deixar a
nova loja ainda mais bonita. Esse esforço praticamente dobrou a renda da
Luzinete, que ainda pode contar com todos os benefícios da Previdência, porque,
desde o primeiro empréstimo, ela é uma Microempreendedora Individual.
Luciano Seixas: Um exemplo de sucesso, presidenta! Agora, para terminar o
programa de hoje, eu queria fazer duas perguntas. Primeira: como o pessoal
consegue o crédito do Crescer?
Presidenta: É muito fácil, Luciano. O crédito do Crescer está disponível nos
bancos públicos: no Banco do Nordeste, na Caixa Econômica Federal, no Banco do
Brasil, no Banco da Amazônia, no Banrisul, no Banestes e na Agência de Fomento
do Paraná.
Luciano Seixas: Como está a Caravana da Simplificação, que o ministro das Micro
e Pequenas Empresas está levando a todos os estados do Brasil?
Presidenta: Está indo muito bem. O ministro Guilherme Afif já percorreu quatro
estados, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná, explicando as
diretrizes que estamos adotando para simplificar a abertura e o encerramento de
empresas. Esta semana, ele vai estar em Santa Catarina e Tocantins. Até o final
de maio, teremos visitado todos os estados brasileiros. Quero dizer, Luciano,
que nós acreditamos muito na força, na determinação e no talento de cada
brasileiro e de cada brasileira. Sabemos que os nossos empreendedores fazem um
grande esforço para ver seus negócios crescendo, gerando renda e produzindo
riquezas para o nosso país. Com o Crescer, o governo faz a sua parte, que é
apoiar essa gente corajosa, que acredita no próprio sonho e cresce junto com o
Brasil.
Luciano Seixas: Presidenta, infelizmente, o nosso tempo chegou ao fim. Obrigado
por mais esse Café.
Presidenta: Obrigada, Luciano. Uma ótima semana para você e para os nossos
ouvintes.
Luciano Seixas: Você que nos ouve pode acessar esse programa na internet, no
endereço www.brasil.gov.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Até lá!