quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Bom dia meus amigos e minhas amigas.

O resultado das urnas mostrou o desejo de continuidade da maior parte da população de Araraquara. Mas mostrou, também, que 38% de seus eleitores votaram num projeto político que alia desenvolvimento com justiça social, um projeto que tem responsabilidade com quem mais precisa do poder público. E o mais importante, tivemos um processo e um pleito eleitoral ordeiro. 
Nossa votação nos deu uma vitória política importante e o aval para continuarmos na defesa da mensagem que transmitimos ao longo da nossa vida pública, mas mais recentemente nestes últimos meses, já dentro do processo eleitoral. 
Não fizemos uma disputa rasa; uma simples disputa de poder pessoal. Propusemos e fizemos um bom debate político. E é isto que continuaremos a fazer. 
Vamos, eu e você, continuarmos em contato constante por todos os meios que temos para nos comunicar. Vamos continuar nossa luta em defesa do respeito pelas pessoas e pelo bem comum. Vamos debater ideias, projetos e política. Esta é a nossa missão. Muito obrigada pelo carinho e confiança. Um grande abraço a todas e todos.

domingo, 19 de agosto de 2012

Artigo: Eleições municipais e políticas públicas, por Luiz Inácio Lula da Silva




"A conquista de prefeituras é um passo importante para a consolidação de um modo de governar justo, inclusivo e transparente"


O PT tem princípios, projeto de poder e vontade política. A cada nova eleição, o que está em jogo para nós não é uma simples vitória partidária, mas continuidade e consolidação de um projeto político que consegue conciliar crescimento e distribuição de renda, incluir pessoas, alimentar famintos e inserir o Brasil de forma soberana no cenário internacional.
O Brasil que emergiu do projeto político do PT se configura para o mundo como uma alternativa à política neoliberal que foi dominante até a eclosão da crise financeira internacional, em 2008.
O princípio fundamental é não jogar para os mais pobres a conta do prejuízo causado por um capital financeiro que dominou o mundo, especulou com as economias dos países e ganhou muito dinheiro. Os pobres não lucraram com a especulação e não devem pagar por ela.
A construção de um país mais justo não é apenas o resultado de medidas tomadas pelo governo federal, mas de uma concepção de articulação de políticas públicas que tem como executor primeiro o município. A descentralização dos recursos da Educação, da Saúde, e dos programas de transferência de renda; a articulação das ações de infraestrutura entre os entes federativos, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); a democratização do acesso de todos os municípios a obras de infraestrutura e aos programas sociais do governo; tudo é parte do projeto petista e de seus aliados.
A conquista de prefeituras é um passo importante para a consolidação de um modo de governar justo, inclusivo e transparente. Por isso é importante levamos par as ruas não simplesmente um pedido de voto. O eleitor deve entender que, com sua escolha , vai referendar um conjunto de políticas públicas que tem melhorado,e pode melhorar ainda mais, as condições de vida da população.
Nessas eleições vamos discutir política, pois a política é a alma da democracia. Mas vamos também debater políticas publicas, que são instrumentos para transformar um projeto político em realidade.
Os governos petistas avançaram na universalização da saúde, mas um país continental como o Brasil tem de enfrentar sempre novos desafios. O momento eleitoral é ideal para analisar o passado e aprimorar o que fizemos. É a ocasião em que todas as forças da sociedade se mobilizam num grande e democrático debate nacional.
Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente da República e presidente de honra do PT
(Texto publicado originalmente na revista Linha Direta do PT de São Paulo)

terça-feira, 17 de abril de 2012

CRISE INSTITUCIONAL E DE CREDIBILIDADE!


Tem sido recorrente no noticiário local os sinais de crise entre o governo do prefeito Marcelo Barbieri e sua base aliada na Câmara. Parece na verdade uma crise sem fim, passando pela derrota do prefeito na última eleição da Mesa Diretora da Câmara e se estendendo até o presente momento, quando alianças eleitorais são anunciadas pelo prefeito e desmentidas pela base.

Uma breve avaliação deste cenário nos coloca algumas evidências.

A primeira é que o governo perdeu a mão na relação com a base aliada. Fez desta relação um mero jogo de troca, um balcão de negócios que provocou o loteamento do governo para indicações políticas de muitos, desagradando outros e prejudicando o próprio governo e a cidade, pois quem paga o preço das nomeações é a população, principalmente quando são excessivas de baixíssima qualidade como temos observado.

Não por acaso, a mesma sanha fisiológica que observamos em parte do PMDB em nível nacional está instalada hoje no coração do governo de Araraquara. Barbieri é filho desta escola política, nasceu, se alimentou e cresceu na política dentro da lógica clientelista e fisiológica, sua natureza e personalidade faz com que enxergue pessoas e apoios políticos única e exclusivamente como moeda de troca.

Ao visualizarem uma liderança política mais suscetível a negociatas do que ao debate sobre rumos e projetos, evidentemente a base aliada, já muito propensa ao "salve-se quem puder", adere com facilidade e fome ao jogo pela disputa de cargos e outras benesses.

Neste momento delicado, onde são discutidas alianças para o pleito de 2012, a base aliada começa a visualizar que o prefeito Marcelo Barbieri pode não entregar o que lhes prometeu e promete, causando instabilidade no governo e crises constantes, é a chantagem política correndo solta nos bastidores.

O mais preocupante é que em nenhum momento enxergamos nesta crise uma disputa de rumos e projetos para a cidade. Parece ser esta uma preocupação secundária e até mesmo terciária. O município não vai bem, embora surfe numa onda nacional de crescimento econômico. Problemas financeiros sérios, problemas administrativos e de gestão, problemas com os serviços básicos de saúde, educação, falta de merenda nas creches, funcionários de terceirizadas sem pagamento, servidores municipais descontentes mais pela relação autoritária do que salários em si e o prefeito meramente preocupado em ter 13, 14, 15 partidos em sua base de apoio, deixando cada vez mais claro que o único projeto em andamento é o poder a qualquer custo.

A população deve estar atenta a este processo, pois o preço para a cidade é alto. O governo e o toma lá dá cá com a base aliada tem custo para a cidade, cada vez mais estamos percebendo contornos de uma crise política institucional sem precedentes em nossa história, que poderá se tornar insustentável.

Se queremos mudar a forma de se fazer política, devemos começar com a seriedade do governante que elegemos. A presidenta Dilma tem dado boas lições em como se tratar a base aliada com seriedade, sem ceder a chantagens, disputa por cargos e não hesitando em afastar quem for suspeito de algum mal feito no governo, exatamente o oposto do que a forma de se fazer política atualmente em Araraquara tem nos mostrado.

ANDRÉ AGATTE
PRESIDENTE PT / ARARAQUARA

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Palavra do Presidente André Agatte

MAIS UM ANO DE LUTA E COMPROMISSO
Neste ano de 2012, o Partido dos Trabalhadores completa 32 anos no país e 31 anos aqui em Araraquara. Ao longo de sua existência, foi sempre um partido de massas, aguerrido, articulado com a sociedade em suas diversas formas de organização: movimentos sociais, sindical, religiosos, etc. Dentro ou fora do poder o PT é um partido forte, que se articula com a sociedade, dialoga com o povo e atua de forma dinâmica na vida política local, diferenciando-se da lógica dos partidos tradicionais, que atuam apenas em ano de eleições.
Desde o início, a opção do PT foi pela via institucional, a transformação social almejada pelo partido seria alcançada através de eleições democráticas, conquistando cada vez mais espaço nos poderes legislativos e executivos de todo o país.
A própria relação entre o partido e o poder foi relativizando a diretriz revolucionária dos anos 80, passando para uma plataforma mais reformista do estado e suas instituições nas décadas subsequentes.
Os dissabores derivados da necessidade de financiar e vencer eleições foram muitos e significaram um forte impacto na forma de organização partidária. Militância cada vez mais profissionalizada, afastamento entre a cúpula e a base do partido, como é natural em qualquer processo de crescimento, as denúncias de corrupção, o mensalão.
Muito embora tenhamos que ter claro o que são ataques políticos dos adversários e o que de fato ocorre na vida partidária, é fato que o PT tem por obrigação liderar e ser protagonista do processo de reforma política, até como forma de enfrentar e superar suas contradições. Esta foi a sinalização mais importante e contundente do IV Congresso do partido, realizado em setembro de 2011 em Brasília, do qual tive a honra de participar como delegado.
Com todos os problemas postos, devemos também ter a clareza de que o PT jamais deixou de ser um partido que disputa não apenas o poder, mas sobretudo disputa rumos e projetos na sociedade.
O governo do ex-presidente Lula é a expressão mais concreta das transformações que o partido promove onde é governo, com lado claro e muito bem definido, melhorando as condições de vida de milhares de pessoas historicamente injustiçadas e esquecidas, investindo no crescimento econômico e o desenvolvimento coletivo da cidadania.
Na cidade de Araraquara, o governo do ex-prefeito Edinho significou uma revolução democrática. A modernização da estrutura administrativa atingiu objetivos muito bem definidos: preparar a cidade para o crescimento, atraindo empresas, aumentando consequentemente a massa salarial e tonando-se uma cidade atrativa aos grandes investimentos. A construção da cidadania através da participação popular e dos instrumentos de participação da sociedade civil também inverteu a lógica paternalista que sempre prevaleceu na administração local. A população dos bairros passou a ter vez e voz na vida da cidade e na tomada de decisões.
A perda do governo em 2008 não significou enfraquecimento do partido na cidade. Nos consolidamos como único partido de oposição e a fizemos com muito critério e qualidade, colocando todo o conhecimento acumulado durante os oito anos de governo da Frente Democrática e Popular a serviço da transparência e da fiscalização do atual governo. O PT disputou rumos e projetos para a cidade, de 2009 a 2011, com objetivo de cobrar o compromisso de campanha do atual prefeito em dar sequencia ao nosso projeto - "o que é bom vai continuar".
Durante este período em que somos oposição foram mais de 400 novos filiados, em contrapartida amargamos apenas 39 desfiliações. Edinho Silva foi eleito o primeiro deputado estadual do PT na cidade, também o mais votado dentre os três eleitos no município e o mais votado do partido no estado de São Paulo.
Às vésperas de mais um processo eleitoral, o partido inicia o processo de formulação de programa de governo para a cidade.
Mais importante que definir candidatura a prefeito neste momento, entendemos ser o diálogo amplo e irrestrito com os diversos setores que compõem nossa sociedade para que possamos ouvir, aprender muito (como sempre) e fundamentar nossas propostas em cima do que há de mais moderno e democrático em termos de administração pública.
A síntese de nossa proposta já está dada, no coração e na mente de milhares de cidadãos e cidadãs: uma cidade mais humana e transparente. Queremos fazer deste processo de disputa pelo comando político da cidade, que se dará no dia 7 de outubro com eleições municipais, não uma mera disputa pelo poder, mas um debate de propostas e projetos para que possamos criar as condições de devolver à cidade um governo verdadeiramente comprometido com o interesse de todos e não apenas de alguns. Por isso convidamos a todos e todas que participem dos nossos debates, contribuam com nossas propostas para construirmos juntos a cidade que a gente quer.
André Agatte