MAIS UM ANO DE LUTA E COMPROMISSO
Neste ano de 2012, o Partido dos Trabalhadores completa 32 anos no país e 31 anos aqui em Araraquara. Ao longo de sua existência, foi sempre um partido de massas, aguerrido, articulado com a sociedade em suas diversas formas de organização: movimentos sociais, sindical, religiosos, etc. Dentro ou fora do poder o PT é um partido forte, que se articula com a sociedade, dialoga com o povo e atua de forma dinâmica na vida política local, diferenciando-se da lógica dos partidos tradicionais, que atuam apenas em ano de eleições.
Desde o início, a opção do PT foi pela via institucional, a transformação social almejada pelo partido seria alcançada através de eleições democráticas, conquistando cada vez mais espaço nos poderes legislativos e executivos de todo o país.
A própria relação entre o partido e o poder foi relativizando a diretriz revolucionária dos anos 80, passando para uma plataforma mais reformista do estado e suas instituições nas décadas subsequentes.
Os dissabores derivados da necessidade de financiar e vencer eleições foram muitos e significaram um forte impacto na forma de organização partidária. Militância cada vez mais profissionalizada, afastamento entre a cúpula e a base do partido, como é natural em qualquer processo de crescimento, as denúncias de corrupção, o mensalão.
Muito embora tenhamos que ter claro o que são ataques políticos dos adversários e o que de fato ocorre na vida partidária, é fato que o PT tem por obrigação liderar e ser protagonista do processo de reforma política, até como forma de enfrentar e superar suas contradições. Esta foi a sinalização mais importante e contundente do IV Congresso do partido, realizado em setembro de 2011 em Brasília, do qual tive a honra de participar como delegado.
Com todos os problemas postos, devemos também ter a clareza de que o PT jamais deixou de ser um partido que disputa não apenas o poder, mas sobretudo disputa rumos e projetos na sociedade.
O governo do ex-presidente Lula é a expressão mais concreta das transformações que o partido promove onde é governo, com lado claro e muito bem definido, melhorando as condições de vida de milhares de pessoas historicamente injustiçadas e esquecidas, investindo no crescimento econômico e o desenvolvimento coletivo da cidadania.
Na cidade de Araraquara, o governo do ex-prefeito Edinho significou uma revolução democrática. A modernização da estrutura administrativa atingiu objetivos muito bem definidos: preparar a cidade para o crescimento, atraindo empresas, aumentando consequentemente a massa salarial e tonando-se uma cidade atrativa aos grandes investimentos. A construção da cidadania através da participação popular e dos instrumentos de participação da sociedade civil também inverteu a lógica paternalista que sempre prevaleceu na administração local. A população dos bairros passou a ter vez e voz na vida da cidade e na tomada de decisões.
A perda do governo em 2008 não significou enfraquecimento do partido na cidade. Nos consolidamos como único partido de oposição e a fizemos com muito critério e qualidade, colocando todo o conhecimento acumulado durante os oito anos de governo da Frente Democrática e Popular a serviço da transparência e da fiscalização do atual governo. O PT disputou rumos e projetos para a cidade, de 2009 a 2011, com objetivo de cobrar o compromisso de campanha do atual prefeito em dar sequencia ao nosso projeto - "o que é bom vai continuar".
Durante este período em que somos oposição foram mais de 400 novos filiados, em contrapartida amargamos apenas 39 desfiliações. Edinho Silva foi eleito o primeiro deputado estadual do PT na cidade, também o mais votado dentre os três eleitos no município e o mais votado do partido no estado de São Paulo.
Às vésperas de mais um processo eleitoral, o partido inicia o processo de formulação de programa de governo para a cidade.
Mais importante que definir candidatura a prefeito neste momento, entendemos ser o diálogo amplo e irrestrito com os diversos setores que compõem nossa sociedade para que possamos ouvir, aprender muito (como sempre) e fundamentar nossas propostas em cima do que há de mais moderno e democrático em termos de administração pública.
A síntese de nossa proposta já está dada, no coração e na mente de milhares de cidadãos e cidadãs: uma cidade mais humana e transparente. Queremos fazer deste processo de disputa pelo comando político da cidade, que se dará no dia 7 de outubro com eleições municipais, não uma mera disputa pelo poder, mas um debate de propostas e projetos para que possamos criar as condições de devolver à cidade um governo verdadeiramente comprometido com o interesse de todos e não apenas de alguns. Por isso convidamos a todos e todas que participem dos nossos debates, contribuam com nossas propostas para construirmos juntos a cidade que a gente quer.
André Agatte
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